15/09/2016

Tuju: para além da gastronomia e da alegoria amazônica

Há tempos não ia ao Tuju e creio que esta foi a vez que melhor comi. Não que houvesse comido mal antes, mas houve um visível incremento da gostosidade em tudo, especialmente nos links entre as coisas (num mesmo prato, entre os pratos). Chamam a isso  "harmonia", palavra que não gosto aplicada à cozinha. Assim como não gosto de “gastronomia”. 


Apenas importa comer bem, e comi bem de forma notável. Destaco o vareniki de mangarito com castanha de pequi, a cioba com ora-pro-nobis e limão. O sorvete de formiga, usada apenas como especiaria, sem aquela sensação desagradável de que se está comendo unha (queratina) do cozinheiro ou um broche dourado que caiu no prato.



Acho que quem gosta de inovação, mais do que de novidade, deve se permitir esse cardápio em vigor.

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